INFERNO NO ÁRTICO, de Cláudia Lemes: um olhar sobre o livro



Inferno no Ártico é o terceiro thriller solo da autora santista Cláudia Lemes, que tem alguns elementos de terror. Uma policial brasileiro-americana se refugia numa pequena cidade do Alaska para lidar com sua nictofobia (medo da noite) desenvolvida a partir de um trauma infantil.

Mas a tranquilidade de Barrow (cidade mais setentrional dos EUA) é quebrada pelo brutal assassinato de uma menina. O crime tem elementos sexuais e religiosos. Tudo indica que a vítima foi morta durante um ritual de magia negra.

Agora, além da nictofobia, a detetive Barbara Castelo precisa lidar com um assassino satanista.

Cláudia Lemes mais uma vez traz uma história envolvente com uma escrita madura, algo que já tinha mostrado em seu livro anterior, Um Martini com o Diabo.

A autora foi capaz de criar uma história com a atmosfera dos melhores thrillers policiais americanos e europeus, ao mesmo tempo que inseriu um elemento brasileiro: a protagonista Barbara Castelo, nascida na mesma cidade de sua criadora.

A narrativa tem trechos bastante fortes, principalmente por envolver o assassinato de crianças, e cenas graficamente desaconselháveis a menores de 48 anos. E isso, aliado ao viés satanista dos assassinatos, traz uma atmosfera bem sombria à história.

Espere encontrar um bom plot policial, cenas fortes, sexo, personagens bem construídos e um drama pessoal da protagonista (que é uma história secundária muito bem explorada, através da divulgação em pílulas ao longo da história principal).

Inferno no Ártico é mais um bom policial (bem sombrio, diga-se de passagem) da nova safra nacional. Para os amantes do terror, o livro tem boas cenas gore, demonologia e rituais de magia negra.

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