The Girl Who Loved Tom Gordon é um curto romance de Stephen King sobre a luta de uma menina de nove anos pela sobrevivência no meio de uma floresta da Nova Inglaterra. Publicado em 1999, esse drama de King, que contém bastante horror psicológico, curiosamente continua inédito no Brasil.
Trisha acompanha sua mãe e seu irmão em uma caminhada numa floresta do nordeste americano, quando decide se afastar da trilha principal para fazer xixi. Envolvidos em uma discussão, mãe e irmão não notam quando a menina desaparece na mata.
Depois de se aliviar a menina tenta encontrar a trilha principal por um novo caminho, em vez de voltar por onde veio. É aí que ela se enrola e, depois de algum tempo, percebe que está perdida, sozinha no meio da mata. Sua única companhia é seu radinho de pilha e a presença imaginária de seu ídolo do beisebol, Tom Gordon.
Apesar de muitos torcerem o nariz para a história, inclusive o mercado editorial brasileiro, eu considero essa uma obra-prima de King. Um dos livros mais bem escritos e mais agradáveis de ler, principalmente por ser curto (algo raro na bibliografia do mestre).
Muitos podem dizer que não se trata de um livro de terror, mas eu discordo veementemente dessa afirmação. The Girl Who Loved Tom Gordon é um livro de terror e dos bons. Só o fato de se perder numa floresta já seria algo assustador, mas somente isso não seria suficiente para classificar o livro como uma obra de horror.
King consegue criar uma atmosfera de terror ao criar uma personagem medrosa, que tem medo de ficar no escuro em sua casa, e fazê-la ser perseguida o tempo inteiro por uma criatura horripilante, que destroça cervos na mata e acompanha cada passo seu, por trás das árvores.
Trisha não quer acreditar que está sendo perseguida, mas uma voz interior diz que alguma coisa está sim, esperando para matá-la mas que essa coisa quer, primeiro, deixá-la muito assustada.
A menina também tem algumas visões assustadoras no meio do caminho. Em um momento, ela se depara com três pessoas encapuzadas. Duas delas, vestidas de branco, se revelam entidades benignas, mas a terceira, de preto, se revela o Deus dos Perdidos (The God of the Lost) e dá a entender que é ele que está à espreita, na mata.
Só nas últimas páginas da história, o tal Deus dos Perdidos se revela e uma Trisha, já bastante enfraquecida e doente, precisa confrontá-lo.
O livro é essencialmente um drama de aventura, mas com bastante terror psicológico. É uma típica obra de King, inclusive com a participação do quase onipresente pai alcoólatra. Além da luta pela sobrevivência, Trisha precisa lidar com o drama familiar representado por um divórcio de seus pais e com seus medos.
The Girl Who Loved Tom Gordon é uma ode ao beisebol e ao Red Sox, duas paixões do autor. Altamente recomendável. Espero um dia vê-lo traduzido no Brasil, para que mais fãs do mestre possam desfrutar dessa interessante e assustadora história.
Ah, sim. Tem vários versões piratas em e-book e uma edição impressa lançada em Portugal, publicada pelo Círculo de Leitores e traduzida como A Rapariga que Adorava Tom Gordon...
Trisha acompanha sua mãe e seu irmão em uma caminhada numa floresta do nordeste americano, quando decide se afastar da trilha principal para fazer xixi. Envolvidos em uma discussão, mãe e irmão não notam quando a menina desaparece na mata.
Depois de se aliviar a menina tenta encontrar a trilha principal por um novo caminho, em vez de voltar por onde veio. É aí que ela se enrola e, depois de algum tempo, percebe que está perdida, sozinha no meio da mata. Sua única companhia é seu radinho de pilha e a presença imaginária de seu ídolo do beisebol, Tom Gordon.
Apesar de muitos torcerem o nariz para a história, inclusive o mercado editorial brasileiro, eu considero essa uma obra-prima de King. Um dos livros mais bem escritos e mais agradáveis de ler, principalmente por ser curto (algo raro na bibliografia do mestre).
Muitos podem dizer que não se trata de um livro de terror, mas eu discordo veementemente dessa afirmação. The Girl Who Loved Tom Gordon é um livro de terror e dos bons. Só o fato de se perder numa floresta já seria algo assustador, mas somente isso não seria suficiente para classificar o livro como uma obra de horror.
King consegue criar uma atmosfera de terror ao criar uma personagem medrosa, que tem medo de ficar no escuro em sua casa, e fazê-la ser perseguida o tempo inteiro por uma criatura horripilante, que destroça cervos na mata e acompanha cada passo seu, por trás das árvores.
Trisha não quer acreditar que está sendo perseguida, mas uma voz interior diz que alguma coisa está sim, esperando para matá-la mas que essa coisa quer, primeiro, deixá-la muito assustada.
A menina também tem algumas visões assustadoras no meio do caminho. Em um momento, ela se depara com três pessoas encapuzadas. Duas delas, vestidas de branco, se revelam entidades benignas, mas a terceira, de preto, se revela o Deus dos Perdidos (The God of the Lost) e dá a entender que é ele que está à espreita, na mata.
Só nas últimas páginas da história, o tal Deus dos Perdidos se revela e uma Trisha, já bastante enfraquecida e doente, precisa confrontá-lo.
O livro é essencialmente um drama de aventura, mas com bastante terror psicológico. É uma típica obra de King, inclusive com a participação do quase onipresente pai alcoólatra. Além da luta pela sobrevivência, Trisha precisa lidar com o drama familiar representado por um divórcio de seus pais e com seus medos.
The Girl Who Loved Tom Gordon é uma ode ao beisebol e ao Red Sox, duas paixões do autor. Altamente recomendável. Espero um dia vê-lo traduzido no Brasil, para que mais fãs do mestre possam desfrutar dessa interessante e assustadora história.
Ah, sim. Tem vários versões piratas em e-book e uma edição impressa lançada em Portugal, publicada pelo Círculo de Leitores e traduzida como A Rapariga que Adorava Tom Gordon...
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