It - A Coisa é o segundo livro mais longo de Stephen King. Com suas mais de 1.000 páginas, só perde para a versão definitiva de Dança da Morte (The Stand), publicada em 1990 (a versão original de Dança da Morte era cerca de 30% menor do que a definitiva).
Mas é também um dos livros mais populares de King, ao lado de Carrie, O Iluminado (The Shinning), O Cemitério (Pet Sematary) e da série A Torre Negra (The Dark Tower). Pennywise, o "palhaço" comedor de criancinhas, é sem dúvida o personagem mais famoso do mestre do terror e um dos mais relevantes da cultura pop mundial.
Quem tiver disposição para ler o livro (e precisa de muita disposição, devido ao seu tamanho), encontrará uma boa história (nada excepcional, diga-se de passagem) mas precisará de muita paciência, devido às voltas que King dá para chegar ao "finalmente".
Em suma, It - A Coisa conta a história de sete amigos que precisam enfrentar uma criatura maligna que mata principalmente crianças em sua cidade natal, a fictícia Derry, no estado natal de King, o Maine. O livro se passa, principalmente em dois momentos: em 1958, na infância desses personagens; e em 1985, quando essas mesmas pessoas estão atingindo a meia idade.
O enredo principal conta a luta dessas pessoas para derrotar It, a tal Coisa. Mas o livro tem muitas histórias secundárias, sempre tendo a Coisa como protagonista. São tantas histórias que o livro parece ser um romance misturado com uma coletânea de contos.
Além das histórias de background dos sete protagonistas, há várias mini-narrativas que relatam episódios sombrios do passado de Derry, todos relacionados com a presença de It, a Coisa.
A premissa básica do romance é que há algo maligno que está intrinsecamente ligado à cidade de Derry. A cada intervalo de 25, 26 ou 27 anos (o intervalo não é exato), esse Mal desperta. Os sete amigos chamam-no de "It". Trata-se de uma poderosa entidade primordial que reside justamente naquela área.
Sua verdadeira face é tão assustadora que nenhum humano é capaz de vê-la. Por isso, ele se apresenta para as pessoas de diferentes formas, em geral em uma forma relacionada aos maiores medos de suas vítimas, seja um lobisomem, uma múmia, um pássaro gigantesco ou um leproso pedófilo.
Mas sua forma mais corriqueira é a de um palhaço, autodenominado Pennywise. Portanto, ao contrário do que muitos que não leram o livro podem pensar, It - A Coisa não é uma história sobre palhaços assassinos, mas sobre uma criatura maligna que se transmuta de acordo com a situação.
Apesar de ter muitas cenas pesadas, como a própria morte do menino George, irmão do protagonista Bill, o livro tem uma pegada infanto-juvenil (como assim, você está louco???). Vou explicar, algumas histórias de King têm uma pegada meio infantil, em que o horror brutal se mistura muitas vezes com situações meio bobas.
Em It - A Coisa, isso fica bem aflorado porque metade do livro envolve crianças. E, apesar de ser escrito em terceira pessoa (com exceção dos interlúdios, que são escritos por Mike, um dos sete amigos), King adota um ponto de vista infantil ao falar das crianças. Como por exemplo, as crianças ficarem repetindo mantras bobocas e repelirem uma entidade poderosíssima com uma bala de prata ou com um spray de asma.
Até mesmo as batalhas finais com It são meio infantis, assim como o epílogo (o que é meio brochante, depois de você ler mais de 1.000 páginas).
Dá para perceber também um toque meio lovecraftiano na história, uma vez que It é uma criatura que veio do espaço e aportou em Derry há milhões de anos, assim como os seres cósmicos do Mito de Cthulhu. E parte da história se passa no subterrâneo, nos esgotos de Derry.
De uma forma geral, como já dito, a história é boa. É King clássico (e isso inclui as infantilidades do autor). Não recomendo o livro para quem não está acostumado com o estilo do autor. É mais para quem já está habituado. É como se fosse um módulo avançado para os leitores de Stephen King. Mas vale a pena ser lido em algum momento, ainda mais agora que um esperado remake do filme (cuja primeira versão foi lançada em 1990) está para ser lançado.
Mas é também um dos livros mais populares de King, ao lado de Carrie, O Iluminado (The Shinning), O Cemitério (Pet Sematary) e da série A Torre Negra (The Dark Tower). Pennywise, o "palhaço" comedor de criancinhas, é sem dúvida o personagem mais famoso do mestre do terror e um dos mais relevantes da cultura pop mundial.
Quem tiver disposição para ler o livro (e precisa de muita disposição, devido ao seu tamanho), encontrará uma boa história (nada excepcional, diga-se de passagem) mas precisará de muita paciência, devido às voltas que King dá para chegar ao "finalmente".
Em suma, It - A Coisa conta a história de sete amigos que precisam enfrentar uma criatura maligna que mata principalmente crianças em sua cidade natal, a fictícia Derry, no estado natal de King, o Maine. O livro se passa, principalmente em dois momentos: em 1958, na infância desses personagens; e em 1985, quando essas mesmas pessoas estão atingindo a meia idade.
O enredo principal conta a luta dessas pessoas para derrotar It, a tal Coisa. Mas o livro tem muitas histórias secundárias, sempre tendo a Coisa como protagonista. São tantas histórias que o livro parece ser um romance misturado com uma coletânea de contos.
Além das histórias de background dos sete protagonistas, há várias mini-narrativas que relatam episódios sombrios do passado de Derry, todos relacionados com a presença de It, a Coisa.
A premissa básica do romance é que há algo maligno que está intrinsecamente ligado à cidade de Derry. A cada intervalo de 25, 26 ou 27 anos (o intervalo não é exato), esse Mal desperta. Os sete amigos chamam-no de "It". Trata-se de uma poderosa entidade primordial que reside justamente naquela área.
Sua verdadeira face é tão assustadora que nenhum humano é capaz de vê-la. Por isso, ele se apresenta para as pessoas de diferentes formas, em geral em uma forma relacionada aos maiores medos de suas vítimas, seja um lobisomem, uma múmia, um pássaro gigantesco ou um leproso pedófilo.
Mas sua forma mais corriqueira é a de um palhaço, autodenominado Pennywise. Portanto, ao contrário do que muitos que não leram o livro podem pensar, It - A Coisa não é uma história sobre palhaços assassinos, mas sobre uma criatura maligna que se transmuta de acordo com a situação.
Apesar de ter muitas cenas pesadas, como a própria morte do menino George, irmão do protagonista Bill, o livro tem uma pegada infanto-juvenil (como assim, você está louco???). Vou explicar, algumas histórias de King têm uma pegada meio infantil, em que o horror brutal se mistura muitas vezes com situações meio bobas.
Em It - A Coisa, isso fica bem aflorado porque metade do livro envolve crianças. E, apesar de ser escrito em terceira pessoa (com exceção dos interlúdios, que são escritos por Mike, um dos sete amigos), King adota um ponto de vista infantil ao falar das crianças. Como por exemplo, as crianças ficarem repetindo mantras bobocas e repelirem uma entidade poderosíssima com uma bala de prata ou com um spray de asma.
Até mesmo as batalhas finais com It são meio infantis, assim como o epílogo (o que é meio brochante, depois de você ler mais de 1.000 páginas).
Capa da 1a edição dos EUA |
De uma forma geral, como já dito, a história é boa. É King clássico (e isso inclui as infantilidades do autor). Não recomendo o livro para quem não está acostumado com o estilo do autor. É mais para quem já está habituado. É como se fosse um módulo avançado para os leitores de Stephen King. Mas vale a pena ser lido em algum momento, ainda mais agora que um esperado remake do filme (cuja primeira versão foi lançada em 1990) está para ser lançado.
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