Recentemente tive o prazer de participar de uma reunião do grupo Casa do Medo, um coletivo de autores de terror do Rio de Janeiro, que faz encontros bimestrais para discutir o gênero. Foi num desses encontros que eu conheci a antologia Rio de Janeiro - Cidade de Terror e Medo (Ed. Guardião, 2015).
Trata-se de um projeto idealizado pelo coletivo, que reuniu 13 contos de oito autores locais, com a proposta de escolher um local da cidade para ambientar um conto de terror. O interessante é que, apesar do Rio não ser conhecido como uma cidade assombrada, surgiram histórias bem variadas e criativas desse projeto.
Em um dos contos mais inventivos Travessias, do especialista em terror na literatura infantil Felipe Campos, por exemplo, vemos uma Ponte Rio-Niterói personificada e alimentada pelos espíritos daqueles que morreram por ali, tanto na obra quanto depois de pronta.
Em outro conto de Felipe, que tem um nome meio estranho (Ano Novo/Celular/Rapaz), também vemos um conto bizarro de um celular encontrado nas areias de Copacabana durante o réveillon. O problema é que o celular é meio diferentão e tem vontade própria.
Outros contos bem interessantes são Dona Onça, de Juliana Pitta, que mergulha no submundo da prostituição e da magia negra do centro do Rio Antigo, e O Monstro da Lagoa, de Denis Sevlac, que consegue ludibriar o leitor, com um título dúbio.
Já Um Passo Após o Outro, de Alexandre Guimarães, é uma criativa forma de abordar de o batido tema de um apocalipse zumbi.
O que me deu mais arrepio, no entanto, foi A Construção do Metrô, de Fabiano Costa. Apesar do conto ter um começo meio paradão, com muitos detalhes sobre a construção do sistema metroviário carioca, a história dá uma boa guinada do meio pro final, deixando o leitor com um leve arrepio. É uma ótima história de assombração ambientada em Inhaúma.
O livro tem ainda as seguintes histórias: Foie Grass, de Alexandre D'Assumpção, sobre canibalismo; Dois Filhos, de Paulo Ballado, uma releitura de A Escolha de Sofia, de William Styron; Dona Candinha, de Alexandre D'Assumpção, sobre um espírito vingativo; A Noiva de Jacarepaguá, de Elaine Michele, outro conto sobre espírito vingativo; Three Cool Cats, de Denis Sevlac, um thriller sobre leões soltos em um zoológico; Cavalo Branco, de Paulo Ballado, uma interessante lenda urbana sobre uma ladeira da Tijuca; e O Palhaço, de Juliana Pitta, que usa como pano de fundo o acidente do Gran Circo Norte-Americano, de 1961.
Em resumo, o livro é muito bom. Mas peca na revisão, já que há muitos erros tipográficos.
Trata-se de um projeto idealizado pelo coletivo, que reuniu 13 contos de oito autores locais, com a proposta de escolher um local da cidade para ambientar um conto de terror. O interessante é que, apesar do Rio não ser conhecido como uma cidade assombrada, surgiram histórias bem variadas e criativas desse projeto.
Em um dos contos mais inventivos Travessias, do especialista em terror na literatura infantil Felipe Campos, por exemplo, vemos uma Ponte Rio-Niterói personificada e alimentada pelos espíritos daqueles que morreram por ali, tanto na obra quanto depois de pronta.
Em outro conto de Felipe, que tem um nome meio estranho (Ano Novo/Celular/Rapaz), também vemos um conto bizarro de um celular encontrado nas areias de Copacabana durante o réveillon. O problema é que o celular é meio diferentão e tem vontade própria.
Outros contos bem interessantes são Dona Onça, de Juliana Pitta, que mergulha no submundo da prostituição e da magia negra do centro do Rio Antigo, e O Monstro da Lagoa, de Denis Sevlac, que consegue ludibriar o leitor, com um título dúbio.
Já Um Passo Após o Outro, de Alexandre Guimarães, é uma criativa forma de abordar de o batido tema de um apocalipse zumbi.
O que me deu mais arrepio, no entanto, foi A Construção do Metrô, de Fabiano Costa. Apesar do conto ter um começo meio paradão, com muitos detalhes sobre a construção do sistema metroviário carioca, a história dá uma boa guinada do meio pro final, deixando o leitor com um leve arrepio. É uma ótima história de assombração ambientada em Inhaúma.
O livro tem ainda as seguintes histórias: Foie Grass, de Alexandre D'Assumpção, sobre canibalismo; Dois Filhos, de Paulo Ballado, uma releitura de A Escolha de Sofia, de William Styron; Dona Candinha, de Alexandre D'Assumpção, sobre um espírito vingativo; A Noiva de Jacarepaguá, de Elaine Michele, outro conto sobre espírito vingativo; Three Cool Cats, de Denis Sevlac, um thriller sobre leões soltos em um zoológico; Cavalo Branco, de Paulo Ballado, uma interessante lenda urbana sobre uma ladeira da Tijuca; e O Palhaço, de Juliana Pitta, que usa como pano de fundo o acidente do Gran Circo Norte-Americano, de 1961.
Em resumo, o livro é muito bom. Mas peca na revisão, já que há muitos erros tipográficos.
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