Holocausto Canibal (Cannibal Holocaust, 1980) é um clássico do gore, de Ruggero Deodato, que mistura tomadas tradicionais com found footage. Na verdade, é um dos pioneiros (se não for O PIONEIRO dos found footages). O filme é considerado bastante perturbador, por mostrar canibalismo, estupro, mortes violentas e a morte real de animais (sim, isso é bastante perturbador, acredite em mim).
Um grupo de quatro amigos americanos se embrenha na selva amazônica, na fronteira entre Brasil e Peru, para tentar filmar índios canibais, numa área conhecida como Inferno Verde. Mas eles desaparecem. Então, um antropólogo também norte-americano é enviado para o local, para tentar descobrir o paradeiro dos jovens.
Apesar da premissa ser bem simples e você já saber qual é o final (os homens brancos vão acabar sendo devorados pelos índios), o filme consegue te surpreender (você não sabe quem é o mocinho e quem é o bandido) e, também, abordar temas interessantes, como o sensacionalismo midiático e as relações etnocêntricas entre o chamado mundo civilizado e povos originais da floresta.
É muito interessante ver um filme que tem como foco principal te deixar enojado com cenas pesadas, preocupar-se em discutir questões mais profundas da cultura humana.
As cenas de canibalismo e estupro não são a parte mais pesada do filme, até porque Deodato preocupou-se em filmá-las de longe, de forma tremida (essas cenas são filmadas como found footage). Mas sem dúvida as cenas mais polêmicas e perturbadoras são aquelas que envolvem a morte de animais.
Se fossem filmadas hoje, certamente Deodato seria preso e publicamente execrado. Eles matam nada menos do que um quati, uma imensa tartaruga de água doce, um macaco e uma serpente. O quati é simplesmente rasgado ao meio. A tartaruga é estripada, com tomadas em close (nessa parte eu quase vomitei). E o macaco tem o seu crânio decepado.
Um fato interessante sobre o filme é que algumas mortes humanas pareciam tão reais, que Deodato chegou a ser processado por homicídio. Ele teve que provar que os atores ainda estavam vivos depois das filmagens. Em uma cena de empalação, ele teve que demonstrar como ele colocou a atriz viva sentada em um selim de bicicleta.
Outro fato é que, apesar do filme ser ambientado no sudoeste da Amazônia (fronteira de Peru e Brasil), ele foi filmado no noroeste da Amazônia (centro da Venezuela). Uma das tribos de índios que eles dizem ser canibais, os Yanomamo, na verdade existem mas não são canibais.
AVALIAÇÃO GERAL: Bom
NÍVEL DE TERROR: Fraco
O QUE ESPERAR: Canibalismo, violência e muito gore
DADOS DO FILME
Título original: Cannibal Holocaust
Subgênero: Canibalismo/Gore
Direção: Ruggero Deodato
Ano: 1980
País: Itália
Duração: 95 min.
Um grupo de quatro amigos americanos se embrenha na selva amazônica, na fronteira entre Brasil e Peru, para tentar filmar índios canibais, numa área conhecida como Inferno Verde. Mas eles desaparecem. Então, um antropólogo também norte-americano é enviado para o local, para tentar descobrir o paradeiro dos jovens.
Apesar da premissa ser bem simples e você já saber qual é o final (os homens brancos vão acabar sendo devorados pelos índios), o filme consegue te surpreender (você não sabe quem é o mocinho e quem é o bandido) e, também, abordar temas interessantes, como o sensacionalismo midiático e as relações etnocêntricas entre o chamado mundo civilizado e povos originais da floresta.
É muito interessante ver um filme que tem como foco principal te deixar enojado com cenas pesadas, preocupar-se em discutir questões mais profundas da cultura humana.
As cenas de canibalismo e estupro não são a parte mais pesada do filme, até porque Deodato preocupou-se em filmá-las de longe, de forma tremida (essas cenas são filmadas como found footage). Mas sem dúvida as cenas mais polêmicas e perturbadoras são aquelas que envolvem a morte de animais.
Se fossem filmadas hoje, certamente Deodato seria preso e publicamente execrado. Eles matam nada menos do que um quati, uma imensa tartaruga de água doce, um macaco e uma serpente. O quati é simplesmente rasgado ao meio. A tartaruga é estripada, com tomadas em close (nessa parte eu quase vomitei). E o macaco tem o seu crânio decepado.
Um fato interessante sobre o filme é que algumas mortes humanas pareciam tão reais, que Deodato chegou a ser processado por homicídio. Ele teve que provar que os atores ainda estavam vivos depois das filmagens. Em uma cena de empalação, ele teve que demonstrar como ele colocou a atriz viva sentada em um selim de bicicleta.
Outro fato é que, apesar do filme ser ambientado no sudoeste da Amazônia (fronteira de Peru e Brasil), ele foi filmado no noroeste da Amazônia (centro da Venezuela). Uma das tribos de índios que eles dizem ser canibais, os Yanomamo, na verdade existem mas não são canibais.
AVALIAÇÃO GERAL: Bom
NÍVEL DE TERROR: Fraco
O QUE ESPERAR: Canibalismo, violência e muito gore
DADOS DO FILME
Título original: Cannibal Holocaust
Subgênero: Canibalismo/Gore
Direção: Ruggero Deodato
Ano: 1980
País: Itália
Duração: 95 min.
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