Diário de um Exorcista, de Renato Siqueira e Luciano Milici, é um tie-in, um livro que é lançado para promover ou aproveitar o sucesso de um filme. Algo raro no país. No caso da obra de Siqueira e Milici, o filme Diário de um Exorcista - Zero (2016) foi lançando apenas três anos depois da publicação da Editora Generale.
Segundo os autores, o livro é baseado na história real de um exorcista brasileiro, que é chamado de padre Lucas Vidal em Diário de um Exorcista. E, para realizar o filme e o livro, eles entrevistaram pessoas envolvidas em exorcismos reais. Nomes e localidades teriam tido seus nomes trocados.
A sinopse é a seguinte: dois amigos estudantes de cinema estão fazendo um documentário de final de curso sobre exorcismo e conseguem entrevistar o padre Lucas. Durante a entrevista, o sacerdote conta duas histórias: a primeira é a misteriosa morte de seu pai e como ela levou-o a se tornar um padre exorcista.
A segunda história contada por Vidal é a do início de seu treinamento como exorcista, sendo pupilo dos irmãos Biaggio, que são considerados dois dos maiores especialistas no tema em todo o mundo. Nesse segundo relato, Vidal, que agora está idoso, conta como, durante esse "estágio", os demônios de seu passado reaparecem para tentar destruir o padre brasileiro e seus mentores.
Logo, boa parte da história é narrada pelo próprio Vidal. Apenas a introdução e o final do livro, além de pequenos trechos no meio, são narrados em terceira pessoa, como se o narrador tivesse encontrado as fitas perdidas do documentário (estilo found footage).
O livro aborda questões como a fé (ou a perda da fé), as relações familiares e a maldade humana. A grande novidade que o livro traz ao tema da possessão demoníaca talvez seja a ideia dos autores de dividir os demônios em uma hierarquia militar, em que há soldados, oficiais subalternos, coronéis e generais, abaixo do rei dos infernos, Lúcifer.
E, na hipótese criada pelos autores, desde que os demônios foram condenados ao inferno por Deus e seu exército celestial, eles tentam voltar à Terra. Mas essa tentativa de retorno tem sido gradual. Desde a idade média, os demônios começam a ensaiar esse retorno. Primeiro com os soldados, depois com as entidades de maior patente.
E, como os exorcistas lidam com demônios cada vez mais poderosos, o trabalho de desalojar o espírito maléfico do corpo da pessoa possuída torna-se cada vez mais difícil. Até que os demônios generais comecem a andar pela Terra, o último estágio antes da chegada do príncipe do inferno.
No momento em que Lucas está em seu treinamento com seus irmãos Biaggio, a era dos generais já chegou e eles precisam enfrentar um desses espíritos poderosos.
Como eu não sou muito fã de histórias de possessão demoníaca, achei a história apenas ok. Não é nada espetacular, mas é uma narrativa interessante. O exorcismo final narrado por Lucas Vidal, que envolve o general Alus Mabus, no entanto, é realmente muito bom. A reviravolta inesperada na história me pegou completamente desprevenido.
O mais assustador, no entanto, está fora da história. Trata-se de um apêndice que os autores colocaram no final do livro, relatando supostos fenômenos inexplicáveis que ocorreram durante as entrevistas reais para o filme e durante as gravações. É como se fosse um daqueles extras que aparecem após os créditos finais, então não feche o livro quando acabar a história, assim como você não deve sair do cinema antes dos créditos acabarem em filmes da Marvel.
O livro também tem como extra, algumas páginas coloridas, com imagens do filme, incluindo o cartaz. Algumas edições também trazem um CD com trailer e trilha sonora.
Para quem gosta de histórias envolvendo exorcismo e possessão demoníaca, é altamente recomendável.
Segundo os autores, o livro é baseado na história real de um exorcista brasileiro, que é chamado de padre Lucas Vidal em Diário de um Exorcista. E, para realizar o filme e o livro, eles entrevistaram pessoas envolvidas em exorcismos reais. Nomes e localidades teriam tido seus nomes trocados.
A segunda história contada por Vidal é a do início de seu treinamento como exorcista, sendo pupilo dos irmãos Biaggio, que são considerados dois dos maiores especialistas no tema em todo o mundo. Nesse segundo relato, Vidal, que agora está idoso, conta como, durante esse "estágio", os demônios de seu passado reaparecem para tentar destruir o padre brasileiro e seus mentores.
Logo, boa parte da história é narrada pelo próprio Vidal. Apenas a introdução e o final do livro, além de pequenos trechos no meio, são narrados em terceira pessoa, como se o narrador tivesse encontrado as fitas perdidas do documentário (estilo found footage).
O livro aborda questões como a fé (ou a perda da fé), as relações familiares e a maldade humana. A grande novidade que o livro traz ao tema da possessão demoníaca talvez seja a ideia dos autores de dividir os demônios em uma hierarquia militar, em que há soldados, oficiais subalternos, coronéis e generais, abaixo do rei dos infernos, Lúcifer.
E, na hipótese criada pelos autores, desde que os demônios foram condenados ao inferno por Deus e seu exército celestial, eles tentam voltar à Terra. Mas essa tentativa de retorno tem sido gradual. Desde a idade média, os demônios começam a ensaiar esse retorno. Primeiro com os soldados, depois com as entidades de maior patente.
E, como os exorcistas lidam com demônios cada vez mais poderosos, o trabalho de desalojar o espírito maléfico do corpo da pessoa possuída torna-se cada vez mais difícil. Até que os demônios generais comecem a andar pela Terra, o último estágio antes da chegada do príncipe do inferno.
No momento em que Lucas está em seu treinamento com seus irmãos Biaggio, a era dos generais já chegou e eles precisam enfrentar um desses espíritos poderosos.
Como eu não sou muito fã de histórias de possessão demoníaca, achei a história apenas ok. Não é nada espetacular, mas é uma narrativa interessante. O exorcismo final narrado por Lucas Vidal, que envolve o general Alus Mabus, no entanto, é realmente muito bom. A reviravolta inesperada na história me pegou completamente desprevenido.
O mais assustador, no entanto, está fora da história. Trata-se de um apêndice que os autores colocaram no final do livro, relatando supostos fenômenos inexplicáveis que ocorreram durante as entrevistas reais para o filme e durante as gravações. É como se fosse um daqueles extras que aparecem após os créditos finais, então não feche o livro quando acabar a história, assim como você não deve sair do cinema antes dos créditos acabarem em filmes da Marvel.
O livro também tem como extra, algumas páginas coloridas, com imagens do filme, incluindo o cartaz. Algumas edições também trazem um CD com trailer e trilha sonora.
Para quem gosta de histórias envolvendo exorcismo e possessão demoníaca, é altamente recomendável.
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