Rubens Francisco (R.F.) Lucchetti dispensa apresentações. É o principal nome da literatura de gênero do país, especializado em pulp fiction (literatura de fácil absorção para puro entretenimento), com dezenas de títulos policiais, western e, principalmente, terror.
Redescoberto recentemente pelas novas gerações de leitores através do Facebook, Lucchetti nos tem presentado com uma enxurrada de novas publicações, a maioria edições revisadas de obras antigas das décadas de 70 e 80.
É bom ver, no entanto, que mesmo nessa fase de sua carreira, que consiste basicamente em relançar antigos títulos, Lucchetti também é capaz de oferecer textos inéditos aos leitores. É o caso de dois roteiros que nunca haviam sido publicados ou filmados: Onde Está Blondie? e A Filha de Drácula.
O primeiro, um roteiro policial de gaveta, foi lançado no final do ano passado. O segundo, um roteiro de terror vampírico novinho em folha (que foi escrito no início de 2017), acaba de ser lançado pela Editorial Corvo, a mesma responsável pela Coleção R.F. Lucchetti, que já publicou cinco reedições de antigos títulos.
A Filha de Drácula foi uma grata surpresa porque eu não imaginava que Lucchetti ainda nos surpreenderia com um novo título. O FICÇÃO TERROR, inclusive, noticiou em primeira mão que não só o livro inédito seria publicado como também viraria filme pelas mãos de Paulo Biscaia Filho.
A história não envolve uma premissa muito original, mas é contada como sempre com a elegância do mestre da literatura de terror brasileira. Ela gira em torno de Irina, uma morena sensual recém-casada que, depois de uma viagem à Romênia, passa a apresentar um comportamento estranho. Logo em seguida, seu marido morre de forma estranha e assassinatos começam a ocorrer
pela cidade.
Não é surpresa para ninguém que Irina é a tal filha do Drácula. Mas a história pessoal de Irina é pouco explicada no livro. Não se sabe muito bem o que aconteceu na infância e adolescência da mulher e como ela chegou aos dias de hoje.
Com exceção dessa falta de explicação em relação a esse gap entre o nascimento de Irina e sua vida atual, a história é muito bem conduzida. E, apesar de não envolver grandes mistérios, A Filha de Drácula consegue ter um bom final, com uma interessante reviravolta. Ah, outra coisa legal é que, apesar de ter uma pequena cena na Romênia, o livro é todo ambientado no Rio de Janeiro.
A Filha do Drácula é uma grande homenagem à obra de Bram Stoker que, inclusive é citada no livro de Lucchetti, com direito a uma pequena participação de um descendente do holandês Abraham Van Helsing. A coisa mais marcante no livro é a sensualidade de Irina. Lucchetti fez questão de criar uma personagem que fosse uma perfeita femme fatale.
O chato do livro é justamente ele ter sido escrito em forma de roteiro, o que cansa a leitura, porque no texto há detalhes que só interessariam aos futuros produtores do filme e têm pouco apelo ao leitor final (como posicionamento de câmera e enquadramentos). Eu, sinceramente, não gosto de ler roteiros. Acho que a história seria muito melhor se fosse romanceada.
Redescoberto recentemente pelas novas gerações de leitores através do Facebook, Lucchetti nos tem presentado com uma enxurrada de novas publicações, a maioria edições revisadas de obras antigas das décadas de 70 e 80.
É bom ver, no entanto, que mesmo nessa fase de sua carreira, que consiste basicamente em relançar antigos títulos, Lucchetti também é capaz de oferecer textos inéditos aos leitores. É o caso de dois roteiros que nunca haviam sido publicados ou filmados: Onde Está Blondie? e A Filha de Drácula.
O primeiro, um roteiro policial de gaveta, foi lançado no final do ano passado. O segundo, um roteiro de terror vampírico novinho em folha (que foi escrito no início de 2017), acaba de ser lançado pela Editorial Corvo, a mesma responsável pela Coleção R.F. Lucchetti, que já publicou cinco reedições de antigos títulos.
A Filha de Drácula foi uma grata surpresa porque eu não imaginava que Lucchetti ainda nos surpreenderia com um novo título. O FICÇÃO TERROR, inclusive, noticiou em primeira mão que não só o livro inédito seria publicado como também viraria filme pelas mãos de Paulo Biscaia Filho.
A história não envolve uma premissa muito original, mas é contada como sempre com a elegância do mestre da literatura de terror brasileira. Ela gira em torno de Irina, uma morena sensual recém-casada que, depois de uma viagem à Romênia, passa a apresentar um comportamento estranho. Logo em seguida, seu marido morre de forma estranha e assassinatos começam a ocorrer
pela cidade.
Não é surpresa para ninguém que Irina é a tal filha do Drácula. Mas a história pessoal de Irina é pouco explicada no livro. Não se sabe muito bem o que aconteceu na infância e adolescência da mulher e como ela chegou aos dias de hoje.
Com exceção dessa falta de explicação em relação a esse gap entre o nascimento de Irina e sua vida atual, a história é muito bem conduzida. E, apesar de não envolver grandes mistérios, A Filha de Drácula consegue ter um bom final, com uma interessante reviravolta. Ah, outra coisa legal é que, apesar de ter uma pequena cena na Romênia, o livro é todo ambientado no Rio de Janeiro.
A Filha do Drácula é uma grande homenagem à obra de Bram Stoker que, inclusive é citada no livro de Lucchetti, com direito a uma pequena participação de um descendente do holandês Abraham Van Helsing. A coisa mais marcante no livro é a sensualidade de Irina. Lucchetti fez questão de criar uma personagem que fosse uma perfeita femme fatale.
O chato do livro é justamente ele ter sido escrito em forma de roteiro, o que cansa a leitura, porque no texto há detalhes que só interessariam aos futuros produtores do filme e têm pouco apelo ao leitor final (como posicionamento de câmera e enquadramentos). Eu, sinceramente, não gosto de ler roteiros. Acho que a história seria muito melhor se fosse romanceada.
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