O Diabo Mora Aqui (2015) faz parte da boa nova safra do cinema de terror nacional. Já estava há muito tempo querendo vê-lo, mas só recentemente tive a oportunidade. A história é boa. É bem produzido. E tem aquele ingrediente nacional que faz com que não seja apenas uma cópia barata de produções estrangeiras.
Quatro jovens decidem viajar para uma antiga fazenda de café, pertencente à família de um deles. E lá, eles resolvem fazer uma brincadeira para invocar um antigo espírito.
Apesar de parecer, à primeira vista, apenas aquele filme sobre uma viagem de adolescentes que se torna um pesadelo, O Diabo Mora Aqui traz uma história complexa (por vezes até complexa demais, o que prejudica um pouco a compreensão do enredo).
Na antiga fazenda, na época da escravidão, viveu um fazendeiro malvado, que era bastante cruel com seus escravos, chamado Barão do Mel. Em meio aos seus escravos, havia uma mulher que, quando vivia na África, era uma rainha. Para controlar seus servos, o tal barão decide estuprar a rainha e a engravida.
No entanto, sem conseguir controlá-la, ele mata seu filho, Bento. Os escravos então decidem se vingar e matam o barão. A rainha então joga uma maldição no espírito do homem, prendendo-o para sempre naquela casa e condenando-o ao inferno. Mas, para concluir a maldição, ela precisa sacrificar seu filho recém-nascido (que também é filho do barão), condenando o bebê ao mesmo destino do pai.
A cada nove meses, alguém precisa manter os espíritos presos naquela casa. Só que o último "guardião" da maldição morreu. Então, os jovens decidem libertar o bebê. Mas tudo dá errado quando os espíritos ancestrais se encontram na casa e decidem travar uma batalha ao redor deles.
A maior parte das cenas se passa no presente. Até há algumas cenas do passado, mas são apenas cenas neutras (isto é, que não têm relevância para o enredo do filme), mostrando alguns diálogos entre o Barão do Mel e Bento. Talvez para economizar no orçamento, os produtores optaram por deixar a história ser contada no presente pelo jovem que é o dono da fazenda, em vez de mostrar a rebelião dos escravos.
Acho que pelo menos parte da rebelião dos escravos poderia ter sido recriada, em vez de apenas narrada.
As tomadas são boas. Os dois diretores, Dante Vescio e Rodrigo Gasparini, optaram por muitos closes e ângulos inusitados. O design de som também é muito apropriado para o filme. A atmosfera macabra é bem legal. A ideia de colocar quatro espíritos brigando (o barão, o bebê, Bento e sua mãe), também é muito legal e diferente.
Por outro lado, as atuações não são tão boas e os diálogos ficam um pouco a dever. O enredo, como eu disse, por apostar em uma trama complexa, às vezes torna um pouco difícil a compreensão da história e também dificulta um pouco o acompanhamento da história.
De uma forma geral, o filme é muito bom. Não espere muitos sustos, mas o clima de terror vale a pena.
AVALIAÇÃO GERAL: Bom.
NÍVEL DE TERROR: Médio
O QUE ESPERAR: Suspense, espíritos e alguns sustos
DADOS DO FILME:
Título original: O Diabo Mora Aqui
Subgênero: Sobrenatural/Espíritos
Direção: Dante Vescio e Rodrigo Gasparini
Ano: 2015
País: Brasil
Duração: 80 min.
Quatro jovens decidem viajar para uma antiga fazenda de café, pertencente à família de um deles. E lá, eles resolvem fazer uma brincadeira para invocar um antigo espírito.
Apesar de parecer, à primeira vista, apenas aquele filme sobre uma viagem de adolescentes que se torna um pesadelo, O Diabo Mora Aqui traz uma história complexa (por vezes até complexa demais, o que prejudica um pouco a compreensão do enredo).
Na antiga fazenda, na época da escravidão, viveu um fazendeiro malvado, que era bastante cruel com seus escravos, chamado Barão do Mel. Em meio aos seus escravos, havia uma mulher que, quando vivia na África, era uma rainha. Para controlar seus servos, o tal barão decide estuprar a rainha e a engravida.
No entanto, sem conseguir controlá-la, ele mata seu filho, Bento. Os escravos então decidem se vingar e matam o barão. A rainha então joga uma maldição no espírito do homem, prendendo-o para sempre naquela casa e condenando-o ao inferno. Mas, para concluir a maldição, ela precisa sacrificar seu filho recém-nascido (que também é filho do barão), condenando o bebê ao mesmo destino do pai.
A cada nove meses, alguém precisa manter os espíritos presos naquela casa. Só que o último "guardião" da maldição morreu. Então, os jovens decidem libertar o bebê. Mas tudo dá errado quando os espíritos ancestrais se encontram na casa e decidem travar uma batalha ao redor deles.
Acho que pelo menos parte da rebelião dos escravos poderia ter sido recriada, em vez de apenas narrada.
As tomadas são boas. Os dois diretores, Dante Vescio e Rodrigo Gasparini, optaram por muitos closes e ângulos inusitados. O design de som também é muito apropriado para o filme. A atmosfera macabra é bem legal. A ideia de colocar quatro espíritos brigando (o barão, o bebê, Bento e sua mãe), também é muito legal e diferente.
Por outro lado, as atuações não são tão boas e os diálogos ficam um pouco a dever. O enredo, como eu disse, por apostar em uma trama complexa, às vezes torna um pouco difícil a compreensão da história e também dificulta um pouco o acompanhamento da história.
De uma forma geral, o filme é muito bom. Não espere muitos sustos, mas o clima de terror vale a pena.
AVALIAÇÃO GERAL: Bom.
NÍVEL DE TERROR: Médio
O QUE ESPERAR: Suspense, espíritos e alguns sustos
DADOS DO FILME:
Título original: O Diabo Mora Aqui
Subgênero: Sobrenatural/Espíritos
Direção: Dante Vescio e Rodrigo Gasparini
Ano: 2015
País: Brasil
Duração: 80 min.