Maldito Sertão, publicado originalmente em 2012, é um excelente livro de contos escrito pelo advogado potiguar Márcio Benjamin. É uma pérola que mistura a literatura regional (sertaneja) com a literatura de gênero (terror) de uma forma tão natural que parece que os dois estilos nasceram um para o outro.
Em sua segunda edição, publicada em 2015, o livro reúne 12 contos bem curtinhos (o livro tem menos de 100 páginas), o que permite que você leia toda a obra em menos de uma hora. O que aconteceu comigo foi engraçado, porque eu simplesmente comecei a folhear a obra no intervalo de duas tarefas e, quando percebi, tinha terminado de ler a primeira história, Casa de Fazenda.
Parei para fazer o que tinha que fazer. Depois, sentei-me no sofá, peguei para dar outra folheada e li o segundo conto. Depois, peguei o livro e, de uma só vez, matei os dez contos restantes.
Benjamin utiliza o estilo de "contação de causos" para narrar suas histórias. O narrador não participa da história, mas tem aquele clima de "aconteceu com o amigo de um amigo meu".
A linguagem de Maldito Sertão, muito próxima da oralidade nordestina, é um dos pontos fortes do livro. Benjamin narra histórias como se tivesse falando com você. E isso tem um efeito simpático junto ao leitor.
Em relação à premissa dos contos, não espere algo extremamente original. Mas isso é de se esperar, já que a proposta do livro é contar aquelas lendas que você já ouviu em algum lugar.
Mesmo assim, é possível curtir bastante essas histórias, porque, na maioria das vezes, você só percebe do que se trata a lenda ao final da história. Então, para o leitor, é como se tivesse lendo uma história nova.
Entre os contos, meu favorito é Estradinha de Barro, que aborda o desaparecimento de crianças, também responsável por um dos trechos mais macabros do livro: depois do desaparecimento das crianças, os corpos delas reapareceram com dinheiro, então o narrador conta que algumas pessoas, com fome, torciam para que seu filho fosse levado (para também ganhar dinheiro).
Em sua segunda edição, publicada em 2015, o livro reúne 12 contos bem curtinhos (o livro tem menos de 100 páginas), o que permite que você leia toda a obra em menos de uma hora. O que aconteceu comigo foi engraçado, porque eu simplesmente comecei a folhear a obra no intervalo de duas tarefas e, quando percebi, tinha terminado de ler a primeira história, Casa de Fazenda.
Parei para fazer o que tinha que fazer. Depois, sentei-me no sofá, peguei para dar outra folheada e li o segundo conto. Depois, peguei o livro e, de uma só vez, matei os dez contos restantes.
Benjamin utiliza o estilo de "contação de causos" para narrar suas histórias. O narrador não participa da história, mas tem aquele clima de "aconteceu com o amigo de um amigo meu".
A linguagem de Maldito Sertão, muito próxima da oralidade nordestina, é um dos pontos fortes do livro. Benjamin narra histórias como se tivesse falando com você. E isso tem um efeito simpático junto ao leitor.
Em relação à premissa dos contos, não espere algo extremamente original. Mas isso é de se esperar, já que a proposta do livro é contar aquelas lendas que você já ouviu em algum lugar.
Mesmo assim, é possível curtir bastante essas histórias, porque, na maioria das vezes, você só percebe do que se trata a lenda ao final da história. Então, para o leitor, é como se tivesse lendo uma história nova.
Entre os contos, meu favorito é Estradinha de Barro, que aborda o desaparecimento de crianças, também responsável por um dos trechos mais macabros do livro: depois do desaparecimento das crianças, os corpos delas reapareceram com dinheiro, então o narrador conta que algumas pessoas, com fome, torciam para que seu filho fosse levado (para também ganhar dinheiro).