Pesadelos e Paisagens Noturnas (Nightmares and Dreamscapes) foi a terceira coleção de contos curtos de Stephen King, publicada originalmente em 1993, depois de Sombras da Noite (Night Shift, 1978) e Tripulação de Esqueletos (Skeleton Crew, 1985).
Sem dúvida, é a melhor das seis coletâneas de contos curtos (sim, King também tem coletâneas de contos longos, chamados de "novelas") publicadas pelo mestre de terror. Ela mostra um amadurecimento da qualidade de escrita de King, em relação aos outros dois (que reúnem inclusive contos da fase amadora de King).
Ao mesmo tempo, diferente das três últimas coletâneas de King, Pesadelos e Paisagens Noturnas mantém a essência do terror clássico das duas primeiras coletâneas. É essencialmente uma coletânea de dark fiction, enquanto as três antologias mais recentes do autor norte-americano se dividem (quase meio a meio) entre histórias de terror e contos com uma pegada menos sombria.
Por isso, considero a melhor das seis coleções. É clássica porque ainda tem muito da primeira fase de King (mais voltada para o terror) e madura, porque foi escrita depois de mais de duas décadas de carreira do mestre.
Tudo é Eventual (Everything's Eventual, 2002), Ao Cair da Noite (Just After Sunset, 2008) e Bazar dos Sonhos Ruins (The Bazaar of Bad Dreams, 2015), por exemplo, trazem um King maduro. Mas é um King mais preocupado em fazer uma literatura eclética, menos voltada para o horror.
É claro que tem alguns contos ruins. O Caso do Doutor, por exemplo, que é uma homenagem a Sherlock Holmes, eu abandonei no meio, de tão chato. Mas o livro é majoritariamente composto por contos bons e o melhor, como já dito, de terror.
Entre meus favoritos está O Piloto da Noite, sobre um jornalista que persegue um serial killer/vampiro cujo modus operandi inclui pousar seu avião em pequenos aeroportos e promover ali verdadeiros massacres. É um dos contos de vampiro mais interessantes que já li.
Outros contos que chamaram minha atenção foram Que Sofram as Criancinhas, sobre uma professora que resolve exterminar seus alunos por achar que eles se transformaram em alienígenas, e Sabe, Eles Têm uma Banda dos Diabos, sobre um casal que se perde numa pequena estradinha e acaba chegando a uma cidade habitada por astros do rock já mortos.
Mas há também alguns contos com premissas muito loucas (coisa que me agrada muito), como A Dentadura Mecânica (sobre uma dentadura de brinquedo assombrada), Estação Chuvosa (sobre um casal preso em uma estranha cidade onde chovem SAPOS), Dedo Semovente (sobre um dedo gigante que resolve aparecer no ralo de uma casa e deixa o morador louco de medo e raiva) e As Pessoas das Dez Horas (sobre fumantes que, durante o processo de parar de fumar, começam a ser capazes de enxergar que há criaturas monstruosas vivendo entre eles).
Como é a uma coletânea monstruosamente grande, no Brasil, ela foi publicada em dois volumes (o que é uma pena, porque faz o leitor ter que pagar caro para ler todos os contos). Uma curiosidade sobre o autor do blog: o volume 1 da coletânea foi o primeiro livro de King que eu li, lá no início da década de 90.
Sem dúvida, é a melhor das seis coletâneas de contos curtos (sim, King também tem coletâneas de contos longos, chamados de "novelas") publicadas pelo mestre de terror. Ela mostra um amadurecimento da qualidade de escrita de King, em relação aos outros dois (que reúnem inclusive contos da fase amadora de King).
Ao mesmo tempo, diferente das três últimas coletâneas de King, Pesadelos e Paisagens Noturnas mantém a essência do terror clássico das duas primeiras coletâneas. É essencialmente uma coletânea de dark fiction, enquanto as três antologias mais recentes do autor norte-americano se dividem (quase meio a meio) entre histórias de terror e contos com uma pegada menos sombria.
Por isso, considero a melhor das seis coleções. É clássica porque ainda tem muito da primeira fase de King (mais voltada para o terror) e madura, porque foi escrita depois de mais de duas décadas de carreira do mestre.
Tudo é Eventual (Everything's Eventual, 2002), Ao Cair da Noite (Just After Sunset, 2008) e Bazar dos Sonhos Ruins (The Bazaar of Bad Dreams, 2015), por exemplo, trazem um King maduro. Mas é um King mais preocupado em fazer uma literatura eclética, menos voltada para o horror.
É claro que tem alguns contos ruins. O Caso do Doutor, por exemplo, que é uma homenagem a Sherlock Holmes, eu abandonei no meio, de tão chato. Mas o livro é majoritariamente composto por contos bons e o melhor, como já dito, de terror.
Entre meus favoritos está O Piloto da Noite, sobre um jornalista que persegue um serial killer/vampiro cujo modus operandi inclui pousar seu avião em pequenos aeroportos e promover ali verdadeiros massacres. É um dos contos de vampiro mais interessantes que já li.
Outros contos que chamaram minha atenção foram Que Sofram as Criancinhas, sobre uma professora que resolve exterminar seus alunos por achar que eles se transformaram em alienígenas, e Sabe, Eles Têm uma Banda dos Diabos, sobre um casal que se perde numa pequena estradinha e acaba chegando a uma cidade habitada por astros do rock já mortos.
Capa da edição original americana |
Como é a uma coletânea monstruosamente grande, no Brasil, ela foi publicada em dois volumes (o que é uma pena, porque faz o leitor ter que pagar caro para ler todos os contos). Uma curiosidade sobre o autor do blog: o volume 1 da coletânea foi o primeiro livro de King que eu li, lá no início da década de 90.