Estrela da Manhã foi o primeiro (e talvez último) livro de André Vianco lançado por seu selo Calíope, publicado sob o guarda-chuva da Giz Editorial. Eu estava há algum tempo querendo comprá-lo, porque me interessei pela história. Devo adiantar, no entanto, que fiquei decepcionado.
A história de Vianco tem um quê de Death Note, um mangá japonês que virou série animada de TV e videogame, sobre um adolescente que encontra um caderno enfeitiçado capaz de matar qualquer pessoa cujo nome seja escrito em suas páginas.
Em Estrela da Manhã, o menino Rafael, de 11 anos, é um saco de pancadas na escola onde estuda. Seu inimigo é o bully Maguila. Órfão de pai, Rafael é um garoto fracote que não tem apoio da mãe ou do irmão nove anos mais velho, Beto, para lidar com a violência.
Cansado de apanhar, ele decide buscar uma ajuda sobrenatural na internet. Em suas buscas pela deep web, Rafael descobre um aplicativo chamado "Pé na Tumba", que lhe permite alugar por alguns dias um protetor espiritual. Entre todas as opções, Rafael descobre um "fantasma" chamado Estrela da Manhã, que promete protegê-lo de sete pessoas diferentes, por sete dias.
Depois de evocar o fantasma, Rafael fala seis nomes, entre eles os de sua mãe e de seu irmão. O problema é que depois de conhecer os nomes, Estrela da Manhã age por conta própria, matando os desafetos do menino.
Quando o primeiro nome dito por Rafael aparece morto, o menino se arrepende de ter contratado os serviços do "Pé na Tumba" e passa todo o livro tentando se livrar do fantasma.
O livro, na verdade, é um terror infanto-juvenil. Tem uma pegada muito parecida com os livros de aventura e suspense da Coleção Vagalume, da Editora Ática. A diferença é que tem algumas cenas com violência excessiva que o aproximam da literatura adulta.
Pelo lado positivo, Estrela da Manhã traz algo que todo livro de Vianco traz: o talento narrativo do autor. Esse é sem dúvida o grande trunfo do autor. Sua narrativa flui bem, é direta, compreensível e não cansa o leitor. Li o livro inteiro, de mais de 270 páginas e letras miúdas, muito rápido.
Mas devo dizer que esse talvez seja o único lado bom do livro. A história, como já disse, é infantil e não convence. Os diálogos são fracos e os personagens, clichês. Como em todos os livros de Vianco que já li, há vários furos. No final, que inclusive é extremamente decepcionante, há um furo colossal (não vou dizer porque será um spoiler imperdoável). Por fim, os nomes do aplicativo e do fantasma foram péssimas escolhas do autor.
Se você nunca leu Vianco, não comece por esse livro. Se você já leu tudo e gosta da maior parte dos livros, certamente gostará desse também. E se você é um leitor exigente de Vianco certamente ficará decepcionado com Estrela da Manhã.
A história de Vianco tem um quê de Death Note, um mangá japonês que virou série animada de TV e videogame, sobre um adolescente que encontra um caderno enfeitiçado capaz de matar qualquer pessoa cujo nome seja escrito em suas páginas.
Em Estrela da Manhã, o menino Rafael, de 11 anos, é um saco de pancadas na escola onde estuda. Seu inimigo é o bully Maguila. Órfão de pai, Rafael é um garoto fracote que não tem apoio da mãe ou do irmão nove anos mais velho, Beto, para lidar com a violência.
Cansado de apanhar, ele decide buscar uma ajuda sobrenatural na internet. Em suas buscas pela deep web, Rafael descobre um aplicativo chamado "Pé na Tumba", que lhe permite alugar por alguns dias um protetor espiritual. Entre todas as opções, Rafael descobre um "fantasma" chamado Estrela da Manhã, que promete protegê-lo de sete pessoas diferentes, por sete dias.
Depois de evocar o fantasma, Rafael fala seis nomes, entre eles os de sua mãe e de seu irmão. O problema é que depois de conhecer os nomes, Estrela da Manhã age por conta própria, matando os desafetos do menino.
Quando o primeiro nome dito por Rafael aparece morto, o menino se arrepende de ter contratado os serviços do "Pé na Tumba" e passa todo o livro tentando se livrar do fantasma.
O livro, na verdade, é um terror infanto-juvenil. Tem uma pegada muito parecida com os livros de aventura e suspense da Coleção Vagalume, da Editora Ática. A diferença é que tem algumas cenas com violência excessiva que o aproximam da literatura adulta.
Pelo lado positivo, Estrela da Manhã traz algo que todo livro de Vianco traz: o talento narrativo do autor. Esse é sem dúvida o grande trunfo do autor. Sua narrativa flui bem, é direta, compreensível e não cansa o leitor. Li o livro inteiro, de mais de 270 páginas e letras miúdas, muito rápido.
Mas devo dizer que esse talvez seja o único lado bom do livro. A história, como já disse, é infantil e não convence. Os diálogos são fracos e os personagens, clichês. Como em todos os livros de Vianco que já li, há vários furos. No final, que inclusive é extremamente decepcionante, há um furo colossal (não vou dizer porque será um spoiler imperdoável). Por fim, os nomes do aplicativo e do fantasma foram péssimas escolhas do autor.
Se você nunca leu Vianco, não comece por esse livro. Se você já leu tudo e gosta da maior parte dos livros, certamente gostará desse também. E se você é um leitor exigente de Vianco certamente ficará decepcionado com Estrela da Manhã.