A Visita (The Visit, 2015) é um ótimo filme, no consagrado estilo do mestre M. Night Shyamalan, com boas doses de suspense e um mistério que se mantém até o final. Dois irmãos, Becca e Tyler, decidem visitar seus avós que eles nunca viram, porque sua mãe fugiu de casa 15 anos atrás.
O motivo da visita é que os avós pedem para ver seus netos que eles não conhecem. Já os irmãos querem conhecê-los e, ao mesmo tempo, sair de casa por uma semana, para que sua mãe embarque num cruzeiro com seu novo namorado.
Então, os dois netos pegam sozinhos o trem até uma pequena cidade da Pensilvânia para visitar seus avós. Ao chegar na estação, eles são recebidos por dois simpáticos velhinhos. Mas, aos poucos, eles percebem que os dois velhinhos são estranhos e escondem um segredo macabro.
Shyamalan, que também escreve o roteiro do longa, consegue criar momentos de muito suspense, principalmente depois que o avô diz que as crianças (ou melhor, pré-adolescentes) precisam dormir às 21h30 e que eles começam a perceber comportamentos estranhos da vovó à noite.
Um dos momentos fortes do filme é a referência à história João e Maria, quando a vovó pede para que Becca entre no forno para limpá-lo. Há muitos momentos de tensão semelhante a esse, como quando a avó persegue os dois irmãos no pilotis da casa (onde só se pode mover de joelhos, porque é muito baixo).
E o melhor do filme é realmente o mistério que Shyamalan consegue manter durante uma hora de filme. Ele faz isso muito bem. Você fica o tempo inteiro se perguntando o que diabos esses dois vovós escondem e porque eles agem de forma tão estranha? Será que eles são bruxos (por isso a referência a João e Maria)? Seriam loucos? Estariam possuídos? Seriam extraterrestres?
Uma pequenas pistas são dadas ao longo do filme (algumas apenas para desviar o foco do espectador), então você consegue imaginar, mais ou menos, o segredo que os dois velhinhos escondem. Eu consegui imaginar algo semelhante, mas não acertei 100% do final. Apesar disso, achei que a escolha de final do diretor não foi das melhores.
O ponto negativo fica por conta da escolha do diretor de fazer um found footage. A justificativa usada pelo diretor, de que a irmã mais velha, Becca, quer gravar um documentário sobre o reencontro com os avós, eu achei meio forçada. Não tinha necessidade de ser um found footage.
Outra coisa que eu fiquei pensando é. Se a casa fica sobre um pilotis de mais ou menos um metro de altura, como ela pode ter um porão? É possível? É. Mas é bastante estranho.
Mais uma coisa que eu sempre penso em filmes found footage. Qual a capacidade dos cartões de memória das câmeras que ficam gravando a noite inteira? Afinal, seriam pelo menos oito horas ininterruptas de filmagem.
CLASSIFICAÇÃO GERAL: Bom
NÍVEL DE TERROR: Médio
O QUE ESPERAR: Suspense e sustos
DADOS DO FILME:
Subgêneros: Terror psicológico/Mistério
Título original: The Visit
Direção: M. Night Shyamalan
Ano: 2015
País: EUA
Duração: 94 minutos
O motivo da visita é que os avós pedem para ver seus netos que eles não conhecem. Já os irmãos querem conhecê-los e, ao mesmo tempo, sair de casa por uma semana, para que sua mãe embarque num cruzeiro com seu novo namorado.
Então, os dois netos pegam sozinhos o trem até uma pequena cidade da Pensilvânia para visitar seus avós. Ao chegar na estação, eles são recebidos por dois simpáticos velhinhos. Mas, aos poucos, eles percebem que os dois velhinhos são estranhos e escondem um segredo macabro.
Shyamalan, que também escreve o roteiro do longa, consegue criar momentos de muito suspense, principalmente depois que o avô diz que as crianças (ou melhor, pré-adolescentes) precisam dormir às 21h30 e que eles começam a perceber comportamentos estranhos da vovó à noite.
Um dos momentos fortes do filme é a referência à história João e Maria, quando a vovó pede para que Becca entre no forno para limpá-lo. Há muitos momentos de tensão semelhante a esse, como quando a avó persegue os dois irmãos no pilotis da casa (onde só se pode mover de joelhos, porque é muito baixo).
E o melhor do filme é realmente o mistério que Shyamalan consegue manter durante uma hora de filme. Ele faz isso muito bem. Você fica o tempo inteiro se perguntando o que diabos esses dois vovós escondem e porque eles agem de forma tão estranha? Será que eles são bruxos (por isso a referência a João e Maria)? Seriam loucos? Estariam possuídos? Seriam extraterrestres?
Uma pequenas pistas são dadas ao longo do filme (algumas apenas para desviar o foco do espectador), então você consegue imaginar, mais ou menos, o segredo que os dois velhinhos escondem. Eu consegui imaginar algo semelhante, mas não acertei 100% do final. Apesar disso, achei que a escolha de final do diretor não foi das melhores.
O ponto negativo fica por conta da escolha do diretor de fazer um found footage. A justificativa usada pelo diretor, de que a irmã mais velha, Becca, quer gravar um documentário sobre o reencontro com os avós, eu achei meio forçada. Não tinha necessidade de ser um found footage.
Outra coisa que eu fiquei pensando é. Se a casa fica sobre um pilotis de mais ou menos um metro de altura, como ela pode ter um porão? É possível? É. Mas é bastante estranho.
Mais uma coisa que eu sempre penso em filmes found footage. Qual a capacidade dos cartões de memória das câmeras que ficam gravando a noite inteira? Afinal, seriam pelo menos oito horas ininterruptas de filmagem.
CLASSIFICAÇÃO GERAL: Bom
NÍVEL DE TERROR: Médio
O QUE ESPERAR: Suspense e sustos
DADOS DO FILME:
Subgêneros: Terror psicológico/Mistério
Título original: The Visit
Direção: M. Night Shyamalan
Ano: 2015
País: EUA
Duração: 94 minutos