Uma produção original da plataforma gigante de vídeos sob demanda Netflix, O Último Capítulo (I am the Pretty Thing that Lives in the House, 2016) é um estranho e confuso filme de terror, envolvendo uma casa mal-assombrada.
A jovem enfermeira Lily, de 28 anos, que "nunca completará 29" (como diz no início do filme), é contratada para ser cuidadora da velha escritora de romances de terror Iris Blum, que sofre com demência e vive em uma grande e centenária casa de campo.
A idosa só chama a jovem pelo nome de Polly e uma grande mancha de mofo aparece em uma das paredes da casa. Depois de quase um ano na casa, ela busca resolver o problema do mofo e tentar descobrir quem é a tal Polly e pergunta para o homem que cuida dos negócios da escritora. Ele conta que Polly é a personagem de um dos livros mais famosos de Iris Blum, The Lady in the Walls (A Moça Dentro das Paredes).
O homem não diz mais nada e fala para Lily que, se ela quiser saber mais sobre a tal Polly, que ela deve ler o livro de Iris Blum.
O filme tem uma história bem complexa, a começar pelo fato de que há três narradoras, todas com a voz muito parecida. Há a própria Lily, que conta sua história na casa, há a jovem Iris Blum, que narra parte da história de Polly, e há a própria personagem Polly, que conta parte de sua história.
Em algumas vezes, quando me distraía um pouco durante o filme (o filme é bem paradão e propício a distrações), eu me perdia sobre quem estava narrando a história.
Há pouquíssimos diálogos, até porque Lily vive praticamente sozinha na casa, com uma idosa pouco comunicativa. Na maior parte do tempo, o que há são passeios da câmera pela velha casa, algumas tomadas paradas em algum ponto da casa e recriações imagéticas da história de Polly (que consistem basicamente em sequências de uma bela jovem com os olhos vendados tateando pela casa).
Não há cenas de susto e as poucas aparições fantasmagóricas do filme não dão medo. O Último Capítulo parece mais um devaneio poético do que um filme de enredo. Não é recomendável para amantes do terror, a não ser para aqueles que também gostam de filmes de arte.
Como aspectos positivos há a bela fotografia do filme e a trilha sonora enervante (que é uma das poucas coisas que te lembram que você está assistindo a uma película de horror). A atuação de Ruth Wilson, como Lily também é digna de nota.
Ah, e ela morre pouco antes do final. Mas isso o espectador já sabe logo no início, quando ela diz que não completará 29 anos. O final é muito, muito caído.
CLASSIFICAÇÃO GERAL: Regular
NÍVEL DE TERROR: Fraco
O QUE ESPERAR: Espíritos e clima dark
DADOS DO FILME:
Título original: I am the Pretty Thing that Lives in the House
Subgênero: Fantasmas
Direção: Oz Perkins
Ano: 2016
País: EUA/Canadá
Duração: 87 minutos
A jovem enfermeira Lily, de 28 anos, que "nunca completará 29" (como diz no início do filme), é contratada para ser cuidadora da velha escritora de romances de terror Iris Blum, que sofre com demência e vive em uma grande e centenária casa de campo.
A idosa só chama a jovem pelo nome de Polly e uma grande mancha de mofo aparece em uma das paredes da casa. Depois de quase um ano na casa, ela busca resolver o problema do mofo e tentar descobrir quem é a tal Polly e pergunta para o homem que cuida dos negócios da escritora. Ele conta que Polly é a personagem de um dos livros mais famosos de Iris Blum, The Lady in the Walls (A Moça Dentro das Paredes).
O homem não diz mais nada e fala para Lily que, se ela quiser saber mais sobre a tal Polly, que ela deve ler o livro de Iris Blum.
O filme tem uma história bem complexa, a começar pelo fato de que há três narradoras, todas com a voz muito parecida. Há a própria Lily, que conta sua história na casa, há a jovem Iris Blum, que narra parte da história de Polly, e há a própria personagem Polly, que conta parte de sua história.
Em algumas vezes, quando me distraía um pouco durante o filme (o filme é bem paradão e propício a distrações), eu me perdia sobre quem estava narrando a história.
Há pouquíssimos diálogos, até porque Lily vive praticamente sozinha na casa, com uma idosa pouco comunicativa. Na maior parte do tempo, o que há são passeios da câmera pela velha casa, algumas tomadas paradas em algum ponto da casa e recriações imagéticas da história de Polly (que consistem basicamente em sequências de uma bela jovem com os olhos vendados tateando pela casa).
Não há cenas de susto e as poucas aparições fantasmagóricas do filme não dão medo. O Último Capítulo parece mais um devaneio poético do que um filme de enredo. Não é recomendável para amantes do terror, a não ser para aqueles que também gostam de filmes de arte.
Como aspectos positivos há a bela fotografia do filme e a trilha sonora enervante (que é uma das poucas coisas que te lembram que você está assistindo a uma película de horror). A atuação de Ruth Wilson, como Lily também é digna de nota.
Ah, e ela morre pouco antes do final. Mas isso o espectador já sabe logo no início, quando ela diz que não completará 29 anos. O final é muito, muito caído.
CLASSIFICAÇÃO GERAL: Regular
NÍVEL DE TERROR: Fraco
O QUE ESPERAR: Espíritos e clima dark
DADOS DO FILME:
Título original: I am the Pretty Thing that Lives in the House
Subgênero: Fantasmas
Direção: Oz Perkins
Ano: 2016
País: EUA/Canadá
Duração: 87 minutos