Imagina um filme de terror com o romantismo piegas dos filmes indianos (com direito a dancinha no meio da história e tudo). Pois é isso que nos apresenta 1920 London (2016), terror indiano, falado em hindi, um tanto quanto bizarro.
O mais interessante do filme não é tanto a história em si, mas o clima diferentão do filme. É o puro cinema indiano, com toda a breguice que ele envolve.
A longa produção, de duas horas, conta a história da princesa (sim, princesa, já que na Índia colonial havia vários reinos e principados) Shivangi, cujo marido é amaldiçoado logo depois de seu casamento. O homem simplesmente cai doente e os médicos não conseguem explicar a razão daquilo ou oferecer uma cura.
Suspeitando de uma causa sobrenatural, a princesa, que vive em Londres, então retorna à Índia para tentar encontrar um guru que possa ajudá-la a se livrar da maldição. O único que pode ajudá-la é coincidentemente um ex-namorado que tem todos os motivos para odiá-la. Não vou contar mais, para não estragar as surpresas do filme.
O filme se utiliza de muitos clichês de filmes de terror, como o espírito em forma de fumaça, os sustos com aparições repentinas de uma figura apavorante e o uso do espelho como portal para o outro mundo. Mas também lança mão de algumas ferramentas bem diferentes (para não dizer esdrúxulas).
Em determinada cena, por exemplo, o guru pega um limão e joga no chão. Ele diz que o limão vai "buscar o equilíbrio" (seja lá o que isso significa). Então, a fruta começa a rolar pela casa, se joga numa banheira, sai da banheira. É um tanto quanto bizarro, mas pelo menos foge do usual.
O filme não chega a dar medo, mas tem algumas cenas muito boas de terror, entre elas uma em que o homem decide jogar um amuleto nas águas do rio e, durante 15 minutos, a princesa precisa ficar recitando um mantra para que o espírito não tente interromper o "trabalho".
O espírito começa a se manifestar e a mulher não pode parar de falar. É uma das melhores cenas de 1920 London.
O filme tem um componente romântico muito forte, na medida em que dá muito peso ao romance da princesa com o guru, que é um plebeu. Em um momento, como em quase todos os filmes indianos, os dois protagonistas começam a cantar e a dançar. É um dos pontos baixos do filme.
Os efeitos especiais não chegam a ser um primor, mas não são ruins. As maquiagens e o figurino do filme, que se passa na década de 1920, são bem produzidos. A fotografia também é um fator positivo do filme, já que os diretores fazem um bom uso das cores.
Já a duração do filme é excessiva. É tão grande que chega a ter um "intervalo" no meio. A história só precisaria de uma hora e meia para ser (bem) contada. Pouco depois do intervalo, você já se sente entediado com a história que nunca acaba.
CLASSIFICAÇÃO GERAL: Regular
NÍVEL DE TERROR: Fraco
O QUE ESPERAR: Espíritos
DADOS DO FILME:
Título original: 1920 London
Subgênero: Maldição/Possessão
Direção: Dharmendra Suresh Desai
Ano: 2016
País: Índia
Duração: 120 minutos
O mais interessante do filme não é tanto a história em si, mas o clima diferentão do filme. É o puro cinema indiano, com toda a breguice que ele envolve.
A longa produção, de duas horas, conta a história da princesa (sim, princesa, já que na Índia colonial havia vários reinos e principados) Shivangi, cujo marido é amaldiçoado logo depois de seu casamento. O homem simplesmente cai doente e os médicos não conseguem explicar a razão daquilo ou oferecer uma cura.
Suspeitando de uma causa sobrenatural, a princesa, que vive em Londres, então retorna à Índia para tentar encontrar um guru que possa ajudá-la a se livrar da maldição. O único que pode ajudá-la é coincidentemente um ex-namorado que tem todos os motivos para odiá-la. Não vou contar mais, para não estragar as surpresas do filme.
O filme se utiliza de muitos clichês de filmes de terror, como o espírito em forma de fumaça, os sustos com aparições repentinas de uma figura apavorante e o uso do espelho como portal para o outro mundo. Mas também lança mão de algumas ferramentas bem diferentes (para não dizer esdrúxulas).
Em determinada cena, por exemplo, o guru pega um limão e joga no chão. Ele diz que o limão vai "buscar o equilíbrio" (seja lá o que isso significa). Então, a fruta começa a rolar pela casa, se joga numa banheira, sai da banheira. É um tanto quanto bizarro, mas pelo menos foge do usual.
O filme não chega a dar medo, mas tem algumas cenas muito boas de terror, entre elas uma em que o homem decide jogar um amuleto nas águas do rio e, durante 15 minutos, a princesa precisa ficar recitando um mantra para que o espírito não tente interromper o "trabalho".
O espírito começa a se manifestar e a mulher não pode parar de falar. É uma das melhores cenas de 1920 London.
O filme tem um componente romântico muito forte, na medida em que dá muito peso ao romance da princesa com o guru, que é um plebeu. Em um momento, como em quase todos os filmes indianos, os dois protagonistas começam a cantar e a dançar. É um dos pontos baixos do filme.
Os efeitos especiais não chegam a ser um primor, mas não são ruins. As maquiagens e o figurino do filme, que se passa na década de 1920, são bem produzidos. A fotografia também é um fator positivo do filme, já que os diretores fazem um bom uso das cores.
Já a duração do filme é excessiva. É tão grande que chega a ter um "intervalo" no meio. A história só precisaria de uma hora e meia para ser (bem) contada. Pouco depois do intervalo, você já se sente entediado com a história que nunca acaba.
CLASSIFICAÇÃO GERAL: Regular
NÍVEL DE TERROR: Fraco
O QUE ESPERAR: Espíritos
DADOS DO FILME:
Título original: 1920 London
Subgênero: Maldição/Possessão
Direção: Dharmendra Suresh Desai
Ano: 2016
País: Índia
Duração: 120 minutos