Entrevista com Rodrigo de Oliveira, autor da série AS CRÔNICAS DOS MORTOS



As Crônicas dos Mortos é a maior e mais bem-sucedida série sobre zumbis da literatura brasileira. Os cinco livros do paulista Rodrigo de Oliveira já venderam dezenas de milhares de cópias. Mas as conquistas dessa saga literária não param por aí. Um de seus livros, Elevador 16, que conta a história de um apocalipse zumbi iniciado quando um grupo de pessoas está presa dentro de um elevador, será adaptado para o cinema.

A direção e roteiro ficarão a cargo de Marcos DeBrito, uma das mentes por trás do premiado slasher Condado Macabro (2015). O FICÇÃO TERROR conversou, por e-mail, com o autor da série, Rodrigo de Oliveira, sobre a adaptação de Elevador 16 para o cinema e seus novos projetos literários.



FT: Você já conhecia o Marcos DeBrito e o trabalho dele, antes dele ser contratado pela sua editora? Como se conheceram?
RO: Eu tive contato com o trabalho do Marcos DeBrito pela primeira vez durante um festival de filmes de terror em São José dos Campos e de lá para cá tinha visto diversas notícias na imprensa sobre os filmes dele, por isso tratava-se de um nome com o qual eu vinha me deparando fazia tempo. O primeiro contato aconteceu efetivamente quando ele me convidou para participar de um evento literário em São Paulo.


FT: Como surgiu a ideia de adaptar Elevador 16? Como foram as conversas com DeBrito?

RO: O Elevador 16 é um livro que foi escrito justamente pensando num filme, em função de uma encomenda que eu recebi no passado e que acabou não saindo do papel. É uma obra planejada para essa mídia, portanto tratava-se de um assunto recorrente, já tínhamos conversado com algumas produtoras sobre a possibilidade de fazermos essa adaptação. Por isso, quando conheci o Marcos, o assunto surgiu naturalmente. Depois que ele e o produtor Adriano Lírio leram o livro, nossas negociações aceleraram bastante, os dois viram o potencial da história.

FT: DeBrito disse que você terá uma participação importante na produção do filme, que estará ao lado dele para garantir que os seus fãs não se decepcionem. Como será esse trabalho? Vai participar da elaboração do roteiro ou vai apenas prestar uma “consultoria” informal?
RO: Minha atuação será como co-produtor e também prestarei consultoria com relação ao roteiro. Mas a palavra final será do Marcos que é sempre o roteirista dos seus filmes, nós concordamos que nesse projeto eu precisarei dar carta branca para ele trabalhar da forma que julgar necessária.


FT: Você já tem alguma previsão de quando o filme começará a ser produzido, rodado e lançado? Já tem algum cronograma?

RO: Nosso produtor está trabalhando no cronograma, mas ainda é muito cedo para cravar datas, até porque temos diversas questões burocráticas e financeiras para equalizar. Mas a pré-produção deve iniciar no segundo semestre de 2017.

FT: Eu já li em algumas entrevistas que seu sonho era ter um livro seu adaptado para o cinema. Com essa notícia da adaptação de Elevador 16, sente-se plenamente realizado?


RO: Ainda não, eu sou muito inquieto [risos]! Acho que nunca vou sossegar, a cada momento estou me impondo uma nova meta. Ainda quero conseguir adaptar o resto da saga para as telas, se possível no formato de série, e também lançar meus livros no exterior.

O Vale dos Mortos, primeiro livro das Crônicas

FT: Agora, falando sobre seu trabalho na literatura. Depois de cinco livros, a série As Crônicas dos Mortos finalmente chegou ao fim ou tem mais alguma história planejada?

RO: Ainda temos mais uma história a caminho, um livro chamado A Era dos Mortos, no qual estou trabalhando e que pretendo lançar em 2017.

FT: Além de As Crônicas dos Mortos, está trabalhando em alguma nova história? Quando prevê lançar?
RO: Eu tenho uma outra história pronta e que está em análise por algumas editoras, chamada Os Filhos da Tempestade. Ainda não tenho contrato para essa, apesar de algumas conversas estarem fluindo rapidamente, mas pretendo trazê-la para os meus leitores também em 2017.