A Margaery Tyrell de Game of Thrones, Natalie Dormer, é a estrela de Floresta Maldita (The Forest, 2016), filme que, no Brasil, estreou diretamente no Netflix, apesar de ter sido anunciado que chegaria às telas de cinema do país.
A história se passa na floresta Aokigahara, conhecida com a "Floresta dos Suicidas", um bosque real que existe nas imediações do monte Fuji, no Japão. A própria existência de um lugar para onde as pessoas vão se suicidar já é algo macabro o suficiente (aqui no Rio de Janeiro, por exemplo, temos a nossa Uerj, que cumpre esse papel). Logo, não é preciso se esforçar demais para criar uma atmosfera de terror no filme.
No longa de estreia de Jason Zada, Sara (Natalie Dormer) recebe uma ligação do Japão, informando que sua gêmea Jess desapareceu depois de ser vista entrando na Aokigahara. Ela então decide viajar até lá para tentar descobrir o paradeiro de sua irmã.
Apesar de ter a mesma idade de Jess, Sara se sente responsável pelo bem-estar da irmã. Esse ímpeto de superproteção, na verdade, oculta um sentimento de culpa de Sara. Quando o pai delas matou a mãe e se suicidou no porão de sua casa, quando elas ainda eram pequenas, Jess viu os corpos, enquanto Sara foi poupada da cena.
Sara acredita que Jess carregou esse trauma por toda sua vida e que seu desaparecimento em Aokigahara pode ter a ver com isso.
A primeira metade do filme é meio paradona, o que me fez pensar em parar de assisti-lo. Mas se você superar essa primeira parte, verá que o filme tem um ritmo bem legal na segunda parte. Sara começa a desconfiar que seu guia na floresta, um jornalista australiano que ela conhece no bar de seu hotel, pode ter algo a ver com o desaparecimento de sua irmã.
Mas o espectador não sabe se esse é o caminho correto ou se Sara está apenas tendo uma alucinação, provocada pelas energias negativas da floresta.
O grande destaque do filme, para mim, é a sequência de Sara dentro de uma caverna. É realmente assustador. Dá medo e te faz pular do sofá com um sustinho no final. A cena dentro da cabana também é muito bem conduzida. E o final é surpreendente.
O curioso é que o filme americano, apesar de se passar no Japão, não é baseado em nenhum filme japonês. No entanto, Floresta Maldita não é o primeiro filme a usar a floresta Aokigahara como cenário. Grave Halloween (2013), um filme canadense que passou na TV americana três anos atrás, e o homônimo The Forest (2011) já tinham explorado esse ambiente sombrio para causar medo nas audiências.
Apenas para título de curiosidade, o filme foi rodado na Floresta Nacional Tara, na Sérvia. Mas Natalie Dormer chegou a visitar Aokigahara e andou alguns metros fora da trilha, para horror de seu motorista japonês.
AVALIAÇÃO GERAL: Bom
NÍVEL DE TERROR: Médio
O QUE ESPERAR: Espíritos e suspense
DADOS DO FILME
Título original: The Forest
Subgênero: Fantasmas
Direção: Jason Zada
Ano: 2016
País: EUA
Duração: 97 minutos
A história se passa na floresta Aokigahara, conhecida com a "Floresta dos Suicidas", um bosque real que existe nas imediações do monte Fuji, no Japão. A própria existência de um lugar para onde as pessoas vão se suicidar já é algo macabro o suficiente (aqui no Rio de Janeiro, por exemplo, temos a nossa Uerj, que cumpre esse papel). Logo, não é preciso se esforçar demais para criar uma atmosfera de terror no filme.
No longa de estreia de Jason Zada, Sara (Natalie Dormer) recebe uma ligação do Japão, informando que sua gêmea Jess desapareceu depois de ser vista entrando na Aokigahara. Ela então decide viajar até lá para tentar descobrir o paradeiro de sua irmã.
Apesar de ter a mesma idade de Jess, Sara se sente responsável pelo bem-estar da irmã. Esse ímpeto de superproteção, na verdade, oculta um sentimento de culpa de Sara. Quando o pai delas matou a mãe e se suicidou no porão de sua casa, quando elas ainda eram pequenas, Jess viu os corpos, enquanto Sara foi poupada da cena.
Sara acredita que Jess carregou esse trauma por toda sua vida e que seu desaparecimento em Aokigahara pode ter a ver com isso.
A primeira metade do filme é meio paradona, o que me fez pensar em parar de assisti-lo. Mas se você superar essa primeira parte, verá que o filme tem um ritmo bem legal na segunda parte. Sara começa a desconfiar que seu guia na floresta, um jornalista australiano que ela conhece no bar de seu hotel, pode ter algo a ver com o desaparecimento de sua irmã.
Mas o espectador não sabe se esse é o caminho correto ou se Sara está apenas tendo uma alucinação, provocada pelas energias negativas da floresta.
O grande destaque do filme, para mim, é a sequência de Sara dentro de uma caverna. É realmente assustador. Dá medo e te faz pular do sofá com um sustinho no final. A cena dentro da cabana também é muito bem conduzida. E o final é surpreendente.
O curioso é que o filme americano, apesar de se passar no Japão, não é baseado em nenhum filme japonês. No entanto, Floresta Maldita não é o primeiro filme a usar a floresta Aokigahara como cenário. Grave Halloween (2013), um filme canadense que passou na TV americana três anos atrás, e o homônimo The Forest (2011) já tinham explorado esse ambiente sombrio para causar medo nas audiências.
Apenas para título de curiosidade, o filme foi rodado na Floresta Nacional Tara, na Sérvia. Mas Natalie Dormer chegou a visitar Aokigahara e andou alguns metros fora da trilha, para horror de seu motorista japonês.
AVALIAÇÃO GERAL: Bom
NÍVEL DE TERROR: Médio
O QUE ESPERAR: Espíritos e suspense
DADOS DO FILME
Título original: The Forest
Subgênero: Fantasmas
Direção: Jason Zada
Ano: 2016
País: EUA
Duração: 97 minutos