Ainda Estamos Aqui (We are Still Here, 2015), de Ted Geoghegan, é muito bom. Um dos melhores da safra recente. Ponto. Embora não seja perfeito, ele assusta, tem suspense e o, mais importante, te deixa com medo. Sou fã de terror, mas raramente sinto medo ao ver um filme. Levo susto? Sim, muitas vezes. Fico angustiado com as cenas de suspense? Sim. Mas raramente fico com medo durante e depois de um filme.
Esse é o grande trunfo do filme, que tem um enredo meio clichê (o que é um ponto fraco). Trata-se da história de um casal que resolve se mudar para uma mansão isolada do século XIX, depois que seu jovem filho morre em um acidente de carro.
A casa é, claro, mal-assombrada. Anne, a mãe enlutada, começa a perceber estranhos acontecimentos no local e acha que se trata de seu finado filho Bobby tentando se comunicar com eles. Mas o espectador logo percebe que a estranha presença na casa não é Bobby e sim espíritos bem assustadores.
Mas não deixe se desanimar pelo enredo batido. O diretor sabe contar uma história e criar uma atmosfera. Você vai sendo envolvido gradativamente pelo terror, que começa com uma família em profunda melancolia, depois evolui para objetos sendo movimentados, para sensações desconfortáveis e aparições de sombra.
Quando os espíritos aparecem na tela, você já está roendo as unhas. Eles não demoram a aparecer e são muito bem feitos.
Muitas vezes, em um filme de terror, você torce para o espírito não aparecer, para não te decepcionar. Às vezes, é melhor você criar um monstro em sua própria mente, com seus próprios medos e pesadelos, do que se defrontar com um efeito especial mal feito ou um bicho grotesco.
Mas esse não é o caso de Ainda Estamos Aqui. Os espíritos são mesmo assustadores. Como eles são fantasmas de pessoas que morreram queimadas, suas materializações são feitas em corpos carbonizados. Sempre antes de sua aparição, as pessoas sentem um cheiro de fumaça. Além disso, eles queimam as pessoas, quando encostam nelas.
A história se passa nos anos 70, então a estética lembra muito os classicões daquela época, como Horror em Amityville (The Amityville Horror, 1979). O que também é muito legal.
O final tampouco decepciona, apesar de eu ter imaginado um final mais sombrio do que realmente aconteceu. Vale muito a pena ver, mesmo tendo um enredo clichê.
AVALIAÇÃO GERAL: Imperdível
NÍVEL DE TERROR: Forte
O QUE ESPERAR: Medo, espíritos e sustos
DADOS DO FILME
Título original: We Are Still Here
Subgênero: Fantasmas/Casa Mal-Assombrada
Direção: Ted Geoghegan
País: EUA
Ano: 2015
Duração: 84 min.
Esse é o grande trunfo do filme, que tem um enredo meio clichê (o que é um ponto fraco). Trata-se da história de um casal que resolve se mudar para uma mansão isolada do século XIX, depois que seu jovem filho morre em um acidente de carro.
A casa é, claro, mal-assombrada. Anne, a mãe enlutada, começa a perceber estranhos acontecimentos no local e acha que se trata de seu finado filho Bobby tentando se comunicar com eles. Mas o espectador logo percebe que a estranha presença na casa não é Bobby e sim espíritos bem assustadores.
Mas não deixe se desanimar pelo enredo batido. O diretor sabe contar uma história e criar uma atmosfera. Você vai sendo envolvido gradativamente pelo terror, que começa com uma família em profunda melancolia, depois evolui para objetos sendo movimentados, para sensações desconfortáveis e aparições de sombra.
Quando os espíritos aparecem na tela, você já está roendo as unhas. Eles não demoram a aparecer e são muito bem feitos.
Muitas vezes, em um filme de terror, você torce para o espírito não aparecer, para não te decepcionar. Às vezes, é melhor você criar um monstro em sua própria mente, com seus próprios medos e pesadelos, do que se defrontar com um efeito especial mal feito ou um bicho grotesco.
Mas esse não é o caso de Ainda Estamos Aqui. Os espíritos são mesmo assustadores. Como eles são fantasmas de pessoas que morreram queimadas, suas materializações são feitas em corpos carbonizados. Sempre antes de sua aparição, as pessoas sentem um cheiro de fumaça. Além disso, eles queimam as pessoas, quando encostam nelas.
A história se passa nos anos 70, então a estética lembra muito os classicões daquela época, como Horror em Amityville (The Amityville Horror, 1979). O que também é muito legal.
O final tampouco decepciona, apesar de eu ter imaginado um final mais sombrio do que realmente aconteceu. Vale muito a pena ver, mesmo tendo um enredo clichê.
AVALIAÇÃO GERAL: Imperdível
NÍVEL DE TERROR: Forte
O QUE ESPERAR: Medo, espíritos e sustos
DADOS DO FILME
Título original: We Are Still Here
Subgênero: Fantasmas/Casa Mal-Assombrada
Direção: Ted Geoghegan
País: EUA
Ano: 2015
Duração: 84 min.