Antes de iniciar a resenha de O Museu dos Horrores (Editorial Corvo, 2015), gostaria de contar brevemente como foi que esse livro, do mestre Rubens Francisco Lucchetti veio parar nas minhas mãos.
Há algumas semanas tive a ideia de iniciar esse blog e, quase ao mesmo tempo, fiquei sabendo que Lucchetti tinha um perfil no Facebook. Pedi para adicioná-lo e ele, prontamente, aceitou meu pedido de amizade.
Um dos primeiros posts que vi no perfil do mestre foi sobre uma promoção que ele estava fazendo de seus dois mais recentes lançamentos, os livros As Máscaras do Pavor e O Museu dos Horrores. Quem comprasse um livro por R$ 20, dizia Lucchetti, levaria o outro de graça.
Entrei em contato com ele por inbox e perguntei como poderia comprá-los. Lucchetti rapidamente respondeu, dizendo que os livros estavam sendo vendidos por ele mesmo. Acertei a compra na hora.
Alguns dias depois, com uma demora acima do normal devido à greve dos carteiros, chegaram os livros. Os dois com uma dedicatória carinhosa do mestre, que, sem sombra de dúvidas, é um dos maiores nomes do cinema e da literatura nacional.
Demorei um pouco para começar a lê-los, porque estava envolvido na leitura de outros dois livros. Mas quando finalmente comecei a leitura, me perguntei por que não tinha feito isso antes.
Comecei por O Museu dos Horrores (livro reescrito a partir de um original publicado em 1974 pela Editora Cedibra), quando ia ao trabalho no ônibus. Li metade do livro na ida e a outra metade na volta. Ou seja, li tudo em menos de uma hora.
Daí dá para se ter uma ideia de como a história é curta e a leitura flui. É um livro ótimo para se ler em uma espera de consultório, num salão de embarque ou, como aconteceu no meu caso, numa viagem de ônibus.
O Museu dos Horrores conta a história de uma encomenda misteriosa, que chega em uma agência de correios londrina com destino a um museu dedicada ao terror. Um brasileiro que trabalha nessa agência logo se vê envolvido em uma trama macabra em torno da posse dessa encomenda. Não vou contar o final, para não estragar a surpresa.
Mas posso dizer que três monstros clássicos aparecem no livro: Drácula, Frankenstein e um lobisomem.
Na melhor tradição pulp fiction, o texto é simples e vai direto ao ponto, sem embromação. O que um autor como Stephen King levaria 800 páginas para contar, Lucchetti levou cerca de 90 páginas. É como se fosse um conto mais longo (o que os americanos chamam de novella).
É livro para entretenimento. Não leva a grandes reflexões. Não há grande preocupação com a construção dos personagens. O enredo não é muito intricado.
Mas quem se importa? Lucchetti não tem a pretensão de ser James Joyce. Mas é um mestre no que faz (pulp fiction) e escreve com elegância.
Aos 85 anos, o mestre, que já escreveu dezenas de histórias de terror e roteiros para Zé do Caixão e Ivan Cardoso, não perdeu a mão.
INFORMAÇÕES DO LIVRO
O Museu dos Horrores
Editorial Corvo, 2015
114 páginas
Preço: R$ 20
O livro é vendido diretamente por R.F. Lucchetti. Para comprá-lo, basta enviar uma mensagem (inbox) para ele, em seu perfil no Facebook.
Há algumas semanas tive a ideia de iniciar esse blog e, quase ao mesmo tempo, fiquei sabendo que Lucchetti tinha um perfil no Facebook. Pedi para adicioná-lo e ele, prontamente, aceitou meu pedido de amizade.
Um dos primeiros posts que vi no perfil do mestre foi sobre uma promoção que ele estava fazendo de seus dois mais recentes lançamentos, os livros As Máscaras do Pavor e O Museu dos Horrores. Quem comprasse um livro por R$ 20, dizia Lucchetti, levaria o outro de graça.
Entrei em contato com ele por inbox e perguntei como poderia comprá-los. Lucchetti rapidamente respondeu, dizendo que os livros estavam sendo vendidos por ele mesmo. Acertei a compra na hora.
Alguns dias depois, com uma demora acima do normal devido à greve dos carteiros, chegaram os livros. Os dois com uma dedicatória carinhosa do mestre, que, sem sombra de dúvidas, é um dos maiores nomes do cinema e da literatura nacional.
Demorei um pouco para começar a lê-los, porque estava envolvido na leitura de outros dois livros. Mas quando finalmente comecei a leitura, me perguntei por que não tinha feito isso antes.
Comecei por O Museu dos Horrores (livro reescrito a partir de um original publicado em 1974 pela Editora Cedibra), quando ia ao trabalho no ônibus. Li metade do livro na ida e a outra metade na volta. Ou seja, li tudo em menos de uma hora.
Daí dá para se ter uma ideia de como a história é curta e a leitura flui. É um livro ótimo para se ler em uma espera de consultório, num salão de embarque ou, como aconteceu no meu caso, numa viagem de ônibus.
O Museu dos Horrores conta a história de uma encomenda misteriosa, que chega em uma agência de correios londrina com destino a um museu dedicada ao terror. Um brasileiro que trabalha nessa agência logo se vê envolvido em uma trama macabra em torno da posse dessa encomenda. Não vou contar o final, para não estragar a surpresa.
Mas posso dizer que três monstros clássicos aparecem no livro: Drácula, Frankenstein e um lobisomem.
Na melhor tradição pulp fiction, o texto é simples e vai direto ao ponto, sem embromação. O que um autor como Stephen King levaria 800 páginas para contar, Lucchetti levou cerca de 90 páginas. É como se fosse um conto mais longo (o que os americanos chamam de novella).
É livro para entretenimento. Não leva a grandes reflexões. Não há grande preocupação com a construção dos personagens. O enredo não é muito intricado.
Mas quem se importa? Lucchetti não tem a pretensão de ser James Joyce. Mas é um mestre no que faz (pulp fiction) e escreve com elegância.
Aos 85 anos, o mestre, que já escreveu dezenas de histórias de terror e roteiros para Zé do Caixão e Ivan Cardoso, não perdeu a mão.
INFORMAÇÕES DO LIVRO
O Museu dos Horrores
Editorial Corvo, 2015
114 páginas
Preço: R$ 20
O livro é vendido diretamente por R.F. Lucchetti. Para comprá-lo, basta enviar uma mensagem (inbox) para ele, em seu perfil no Facebook.